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Polícia Terça-feira, 30 de Abril de 2024, 14:31 - A | A

Terça-feira, 30 de Abril de 2024, 14h:31 - A | A

REPRESÁLIA VERMELHA

Comando Vermelho jurou empresário e ex-presidiário de morte em Várzea Grande

Da Redação

Cinco dias após o desaparecimento de Valderson Wilson Guimarães, de 45 anos, conhecido como ‘Caveirinha’ e do ex-presidiário, Ronalth de Sousa Oliveira, de 23 anos, foi revelado que os dois foram jurados de morte pela facção criminosa Comando Vermelho. As ameaças começaram após Valderson e Ronalth terem supostamente atirado em uma liderança da facção do bairro Paiaguás, município de Várzea Grande.

As informações foram reveladas ao jornal Estadão Mato Grosso, na manhã desta terça-feira (30), durante entrevista no Núcleo de Pessoas desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As autoridades que atuam na investigação do caso relataram que Ronalth tinha uma dívida de drogas e que estava sendo cobrado. Para tentar sanar o problema, o ex-presidiário chamou Valderson para dar uma “prensa” no cobrador.

 

A ação teria escalado e os dois teriam alvejado o cobrador, identificado somente como sendo um suposto “disciplina’’ do bairro Paiaguás. Apesar do suposto confronto, a investigação revelou que não houve entrada de nenhuma vítima de arma de fogo no Pronto-Socorro e Hospital Municipal de Várzea Grande.

A versão, no entanto, se sustenta pelo conteúdo de um áudio onde Valderson confessa que baleou o disciplina e que agora está andando protegido por um colete a prova de balas.

“Eu estou andando só daquele jeito mesmo: de colete e tem que andar com dois. Eu meti bala em um disciplina lá do Paiaguás. O cara queria invocar comigo que quem manda lá no Paiaguás, Nova Fronteira é ele”, diz ele na gravação.

HIPÓTESES NA MESA

Valderson e Ronalth desapareceram na última quinta-feira (25). Os dois haviam saído juntos para beber na segunda-feira (22). O carro onde os dois estariam foi localizado na noite da última sexta-feira (26). O veículo exibia marcas de tiros no para-brisa, em uma região de mata do bairro João Baracat.

Apesar de aparentemente demonstrar que houve um confronto, ou pelo menos uma tentativa de homicídio contra Valderson e Ronalth, as investigações não acreditam que os disparos foram feitos contra o carro na direção de matar os homens.

Para os investigadores, os homens foram levados até a região de mata e os criminosos responsáveis pelo sequestro atiraram contra o vidro do carro para confundir as autoridades.

Não havia sinal de briga dentro do carro e um exame ainda nesta semana deve determinar se havia ou não sangue dentro do veículo.
Até o momento, não há pistas sobre o paradeiro dos dois e a Polícia já trabalha com todas as hipóteses, mas espera encontrar os homens ainda com vida.

 
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