O deputado estadual Max Russi (PSB) afirmou nesta quarta-feira, 8 de maio, que o auxílio emergencial de R$ 50 milhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul, após o desastre climático, não tem peso significativo no orçamento do Governo de Mato Grosso. Em conversa com jornalistas, ele ressaltou que o valor representa apenas 1,5% do que será investido em obras públicas.
“Peso zero. Nós temos que aprovar esse projeto hoje, acredito e espero, acho que vamos contar com o apoio de todos os deputados [...] essa ajuda é importante. O Rio Grande do Sul está precisando, a gente tem visto imagens muito difíceis lá, a população sofrendo, estado sofrendo e Mato Grosso faz um gesto nobre e dá sua contribuição”, defendeu.
“Eu acho que é uma hora importante, o Estado tem condições de fazer isso, vai dar 1,5% do que nós vamos investir em obras no estado de Mato Grosso”, complementou.
O auxílio de R$ 50 milhões foi proposto pelo governador Mauro Mendes (União) e pelo vice Otaviano Pivetta (Republicanos) na última segunda-feira, 6, e deve ser votado pela Assembleia Legislativa nesta quarta, em regime de urgência urgentíssima.
Max disse acreditar que o projeto será aprovado por unanimidade. Ele revelou que já manteve conversas com outros deputados e que parece haver um consenso entre os parlamentares quanto à urgência da medida. Ele lembrou que o presidente da Casa, Eduardo Botelho (União), já fez um compromisso público de acelerar a votação da medida.
“Os deputados que eu conversei querem votar favoráveis a isso e acredito muito que vai ser quase que unânime. É claro que pode haver algum pedido de vista, de adiar isso aí, mas o Rio Grande está precisando neste momento, então eu acho que é importante a Assembleia fazer duas, três sessões, quantas forem necessárias. O presidente fez esse compromisso, de aprovar logo e destinar esse recurso neste momento”, detalhou.
Por fim, Max Russi lembrou a contribuição prestada pelos gaúchos para a colonização e desenvolvimento de Mato Grosso e fez um apelo para que outras pessoas também se unam à rede de solidariedade pelas vítimas do desastre climático no Sul.
“Que todo mundo faça isso. Eu acho que a gente tem que fazer essa ajuda por parte do Estado e fazer as ajudas individuais. Como eu falei, eu fiz minha contribuição individual e vou aprovar essa ajuda do Estado”, concluiu.
O Rio Grande do Sul já contabiliza 95 mortos e mais de 130 desaparecidos devido às fortes chuvas que assolam a região. Dados da Defesa Civil apontam que 207,8 mil pessoas estão fora de casa e estima-se que mais de 1,4 milhão de pessoas já foram afetadas.