O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) contou para a imprensa que não vai apoiar o pré-candidato do próprio partido à Prefeitura de Sinop, Roberto Dorner (PL). Cattani contou nesta quarta-feira, 24, que não é obrigado a apoiar o candidato que o partido indicar, mas seguirá a ética do partido.
“Agora, eu não sou obrigado a apoiar alguém que eu não queira ou que eu não concorde com as diretrizes que ele toma. E eu vou tomar o meu partido, é aquele partido, quando o Bolsonaro levou aquela facada da esquerda, ele tava usando a camiseta escrita: ‘meu partido é o Brasil’”, disse.
Cattani explicou que não apoiará Dorner por não concordar com a forma com que ele conduz o município e também pelo escândalo dos esquemas de desvios na Saúde de Sinop.
O racha do partido em Sinop teve início após o anúncio da filiação do prefeito Roberto Dorner que era do partido Republicanos e foi para o PL no último dia 20 de março. E ainda segundo o presidente do nacional do PL, Valdemar Costa Neto, a filiação do pré-candidato foi o desejo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A informação caiu como uma bomba na cabeça dos outros pré-candidatos do PL Mirtes Grotta e Dalton Martini que saíram do partido.
Entretanto, após a filiação de Dorner, a candidata que mais recebeu apoio de outros políticos da direita foi Mirtes Grotta, que acabou saindo do PL e foi para o partido Novo.
Entretanto, mesmo com a pré-candidata Mirtes fora do PL, Cattani revelou que, se não puder apoiá-la à Prefeitura, irá se abster para manter a ética do partido.
“Olha só, eu não vou dizer que vou fechar com a Mirtes, é possível que a gente se abstenha do processo, né?! Porque seria até uma questão de ética, mas a minha preferência sempre foi pela Mirtes, sim”, contou.