O ministro da Agricultura e presidente do diretório estadual do PSD, Carlos Fávaro, defendeu a permanência do deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho, no partido, apesar de ele ter sido contrário à decisão de caminhar com o PT na eleição de Cuiabá e também à permanência da sigla na base do presidente Lula (PT).
Para Fávaro, a posição de Nininho amadurece a condução do partido. Além de pregar respeito às divergências, o ministro enfatizou a contribuição prestada por Nininho para o crescimento do partido em Mato Grosso.
"Nininho é um grande quadro, tenho muita gratidão por ele, me ajudou muito. Eu entendo essa pluralidade ideológica, também é pertinente no PSD. Nós respeitamos as pessoas que pensam diferente e eu vou fazer de tudo para manter o Nininho, ele é um grande quadro. Respeito a decisão ideológica dele, mas no PSD cabe essa divergência e é bom para que a gente possa compreender esses motivos da divergência e nos aperfeiçoarmos", comentou o ministro.
Nininho garante que não é radical, mas reforçou que sua posição política é de centro-direita. Em conversa com jornalistas em meados de junho, Nininho adiantou que deve buscar uma nova sigla, mais alinhada com seu posicionamento ideológico.
“Futuramente devo me deslocar. Não tenho definição ainda em qual seria o partido, mas vou pedir ou vou guardar a janela. Eu não me identifico com a esquerda. Não sou radicalista, extremista da direita, mas eu não estou me sentindo muito confortável hoje com a posição do meu partido. Por isso, num momento correto, eu vou buscar essa liberdade, buscar a liberação do partido, ou aguardar a janela”, disse o deputado.
Fávaro não comentou sobre uma data em que pretende se reunir com o deputado. Porém, o ministro já adiantou que Nininho não oficializou ao partido sua intenção de 'buscar novos ares'.
"Ele é fundamental no PSD, ele ainda não pediu [pra sair]. Ele é muito qualificado e não vou deixar ele sair de graça", concluiu Fávaro.